Entrega de Comida e o Coronavírus: Guia para clientes e operadores, 14 Maio 2020 – Na continuação do artigo que escrevi sobre as FAQs do Coronavírus para Restaurantes, Cafés e Lanchonetes, alguns visitantes entraram em contato através do chat. A maioria deles fizeram a mesma pergunta:
Os restaurantes estão seguros com o surto de Coronavírus?
Por esse motivo, decidi elaborar um Guia sobre entrega de comida e o Coronavírus que poderia ser usado tanto para clientes como operadores.
Embora não haja uma resposta geral de sim ou não, a maioria dos restaurantes ainda estão abertos.
Além disso, alguns estabelecimentos também estão redirecionando suas operações apenas para coleta e/ou entrega (delivery).
Dito isso, muitos restaurantes podem mudar seu horário de funcionamento e colocar algumas limitações para evitar qualquer contato físico, restrição de assentos e tipos de pagamentos, optando principalmente para pagamentos online ou através de cartão e celular.
Alguns comércios levaram o assunto para outro patamar…
Por esta razão, é sempre uma boa ideia dar uma olhada em seus perfis nas redes sociais. Se não houver informação disponível, você pode obter através de uma ligação.
Isso varia de país para país e até mesmo entre os Estados. Em São Paulo, por exemplo, bares, padarias e restaurantes podem abrir com reforço nas regras de higiene determinadas pelo Governo de SP (Fonte: estadao.com.br), já em Portugal, todos os restaurantes deverão fechar as portas ao público, mas podem continuar o funcionamento em regime de “entregas ao domicílio” e retirada no balcão, o chamado “takeaway” (Fonte: dinheirovivo.pt).
Pedidos de delivery são geralmente seguros, pois atualmente não há evidências de que o COVID-19 seja transmitido através de alimentos, embalagens e recipientes ou no manuseio de alimentos.
Não há uma data específica geral, pois isso depende muito de como está a situação epidemiológica em cada país. É preciso certificar-se sempre de seguir as orientações mais recentes das autoridades sanitárias locais.
Dentre os países com representativa quantidade de brasileiros, Portugal deve iniciar a reabertura gradativa dos restaurantes e cafés em 18 de maio. Mantendo as normas de distanciamento social e higienização rigorosa. Até o momento de atualização deste artigo (12 de maio) as únicas orientações do Governo e a Associação da Restauração, Hotelaria e Similares de Portugal (AHRESP), se referem à limitação de 50% de capacidade de lotação dos espaços.
Já, na Irlanda, outro país com grande número de brasileiros residentes, restaurantes e cafés podem voltar a ‘fornecer alimentos e bebidas no local’ na Fase 3 do plano do governo, a partir de 29 de junho de 2020. Pubs, boates e cassinos podem reabrir só na Fase 5, a partir de 10 de agosto de 2020. Também, cumprindo as medidas de distanciamento social (espaço de 2 metros entre as pessoas) e limpeza rigorosa em operação (várias práticas recomendadas que vão além dos procedimentos de limpeza padrão já implementados antes do Coronavírus).
No Brasil, a maior parte dos restaurantes, bares, cafeterias, pizzarias, lanchonetes e confeitarias iniciaram a reabertura gradativa em 22 de abril. Assim como em Portugal e Irlanda, são exigidas normas de distanciamento social e higienização rigorosa. A diferença está na implementação de uso obrigatório das máscaras, além da obrigatoriedade em disponibilizar álcool 70% para higienização dos trabalhadores e clientes do estabelecimento.
Vários países em todo o mundo tornaram obrigatório o equipamento de proteção individual (EPI) como máscaras faciais. É justo supor que os clientes se sintam mais seguros com a equipe usando máscaras, porém nem todos os países citam a obrigatoriedade do uso até o momento.
Na Irlanda, os funcionários, incluindo trabalhadores de alimentos, não precisam obrigatoriamente usar luvas, desde que sigam a lavagem e desinfecção das mãos. Se eles usam luvas, elas precisam ser trocadas com frequência, enquanto as mãos precisam ser lavadas antes de usar e depois de remover as luvas.
Há muitas orientações em relação ao uso da máscara. A Agência Nacional brasileira de Vigilância Sanitária (Anvisa) divide os tipos de máscaras em três categorias: “máscaras de proteção de uso não profissional, máscaras cirúrgicas e equipamentos de proteção respiratória.”
A orientação é de que a população em geral utilize máscaras de uso não profissional, aquelas confeccionadas de forma artesanal com tecidos como algodão e utilizadas para cobrir o nariz e a boca em espaços públicos. Essas máscaras reduzem a propagação do vírus e, consequentemente, a exposição e o risco de infecções, por atuarem como barreiras físicas.
O órgão institucional elaborou um guia com orientações gerais de como confeccionar essas máscaras de uso não profissional, assim como higienizá-las.
Já informamos esta resposta no artigo FAQs do Coronavírus para Restaurantes, Cafés e Lanchonetes:
A experiência com SARS e MERS sugere que as pessoas não são infectadas com o vírus através dos alimentos, portanto, é improvável e ainda não há evidências disso acontecendo com o COVID-19 (Coronavírus) até o momento.
O Coronavírus precisa de um hospedeiro (animal ou humano) para crescer e não podem crescer em alimentos. É esperado que o cozimento completo mate o vírus, porque como sabemos, o aquecimento de pelo menos 30 minutos a 60ºC é eficaz com SARS (fonte: fsai.ie).
Mais uma vez, do mesmo artigo:
Atualmente, não há evidências de que alimentos ou embalagens de alimentos estejam associados à transmissão do COVID-19. Assim como em outros vírus, é possível que o COVID-19 possa sobreviver em superfícies ou objetos como dinheiro.
As informações atuais sugerem que o vírus pode sobreviver algumas horas nas superfícies.
Como não há dados significativos disponíveis, o especialista em doenças infecciosas Dr. Thomas Tsai dá os seguintes conselhos (fonte: The Guardian):
Lave sempre as mãos antes de abrir recipientes e eventualmente limpe as superfícies.
Atualmente, não há evidências de alimentos ou embalagens de alimentos associados à transmissão do COVID-19.
Dito isto, provavelmente vale a pena fazer uma distinção entre os operadores de restaurantes que preparam os seus alimentos e aqueles que fazem a entrega do seu pedido.
Como se encontram regularmente com várias pessoas como parte de seu trabalho, suas chances de contrair o vírus são maiores que a média.
A entrega sem contato estabelecida por muitos serviços de entrega de alimentos deve reduzir o risco de ser contaminado pelo COVID-19 para entregadores e clientes.
Manter o chamado “distanciamento social” também é outra maneira de minimizar o risco.
Novamente, Dr. Tsai sobre isso:
Especialmente se eles estão fazendo entregas para famílias que estão em quarentena porque tiveram um resultado positivo para a infecção. Dado o número de pessoas que vêem diariamente, os entregadores provavelmente estão entre aqueles com maior risco de exposição, portanto, eles precisam ter cuidado.
A maioria dos serviços de delivery, como iFood, Glovo, Uber Eats e Rappi, estão adotando precauções extras para tranquilizar seus clientes e parceiros. Esses incluem:
Entrega sem contato ou Zero Contato significa que não terá contato com o entregador da sua comida, que será deixado à porta ou num ponto de entrega previamente estabelecido.
Significa que você receberá seu pedido enquanto aguarda no carro fora do local. Alguns restaurantes e lanchonetes pedem aos clientes para esperar no carro ou dão esta opção.
A entrega dos alimentos será feita através de uma janela. Uma das mais conhecidas instalações desse tipo é o drive-thru do McDonald’s.
O distanciamento social consiste em manter um espaço de 2 metros entre você e outras pessoas. Também é recomendado não apertar as mãos ou fazer contato próximo, se possível.
O distanciamento social é feito em locais que aceitam entrada de pessoas, como restaurantes, padarias e lanchonetes.
O pagamento sem contato é uma forma de pagamento em que você pode comprar produtos ou serviços usando seu cartão de crédito, cartão de débito ou smartphone.
Você paga aproximando seu cartão, smartphone ou smartwatch por um segundo dispositivo, usado para processar o pagamento.
É particularmente recomendado como forma de pagamento preferida durante o surto de coronavírus, pois não envolve o toque de nenhuma superfície.
Enquanto alguns estabelecimentos ainda aceitam o pagamento em cash, é recomendável que você use pagamentos sem contato, pois o COVID-19 pode sobreviver em superfícies e objetos como o dinheiro.
Receber pedidos do iFood sem contato físico com o entregador é uma opção do aplicativo para Android e iPhone (iOS). O recurso procura diminuir a transmissão e conter a pandemia do coronavírus causador da COVID-19. Ao selecionar a nova opção de entrega, o usuário pode combinar via chat onde o pacote deve ser deixado. É necessário optar pelo pagamento digital por cartão de crédito ou débito. Além disso, ainda é importante lavar as mãos com água e sabão após receber e desembalar o pedido. (fonte: techtudo.com.br)
Tá precisando fazer um pedido? Então, opte pela Entrega Sem Contato Físico com o pagamento feito pelo aplicativo. Essa é a #NossaEntrega. pic.twitter.com/KzOHm8HrvL
— iFood (@iFood) March 22, 2020
A Rappi também adotou a entrega sem contato físico – opção inserida no aplicativo, a critério do cliente. Segundo a empresa, um fundo foi destinado aos seus personal shoppers e à compra de álcool em gel e máscaras antibacterianas, distribuídos para entregadores. (fonte: revistapegn.globo.com).
A Uber publicou uma declaração oficial em seu site sobre o surto do Coronavírus e as medidas de precaução que estão tomando. Aqui estão os pontos principais:
Estamos comprometidos em apoiar nossa comunidade e ajudar a manter seguras as cidades nas quais atuamos:
Taxa de entrega grátis em restaurantes locais
Você pode solicitar que sua entrega seja feita “sem contato”
Dê um extra ao parceiro entregador e reconheça seu serviço pic.twitter.com/qdOsm2y9u5— Uber Brasil (@Uber_Brasil) March 20, 2020
A Pizza Hut postou em suas redes sociais um comunicado reforçando a higienização em seus restaurantes e a segurança no manuseio dos alimentos.
A rede estimula que os pedidos e pagamentos sejam feitos online e, na hora de levar a pizza, o entregador deixa a mochila na porta da casa e se afasta dois metros para que o próprio cliente retire a encomenda. (fonte: www1.folha.uol.com.br)
A partir de hoje, a tua entrega é Contactless. Manda Vir as tuas pizzas quentes e boas em https://t.co/MfZ1JntOGo! Sabe mais em https://t.co/X8N4OFfiU1 pic.twitter.com/WJI4Z0rMWv
— Domino’s Portugal (@DominosPortugal) March 13, 2020
Os mais de 1.000 restaurantes da rede no Brasil vão operar exclusivamente por delivery, drive-thru e pedidos para viagem. A mesma regra se aplica aos 175 da franquia em Portugal.
A rede publicou em seu site uma nota de responsabilidade social com algumas medidas que estão sendo tomadas:
Estão fechadas temporariamente, todas as unidades da franquia Outback Steakhouse no Brasil, contudo, seguirão a preparar pratos para o serviço delivery, via aplicativo iFood. (fonte: vejasp.abril.com.br)
Antes de mais nada, para implementar o serviço de entrega no seu restaurante ou lanchonete, você precisa ter um CNPJ da empresa e também um computador com acesso à internet no estabelecimento. A maioria das plataformas oferece entregador ou, então, você pode optar por ter entregador próprio.
Dentre algumas das plataformas on-lines na área alimentícia, as mais conhecidas são iFood [link this page https://restaurante.ifood.com.br/ to the word iFood], Rappi e Uber Eats. Consulte cada uma delas para verificar qual se adequa melhor ao seu negócio e não se esqueça de pesquisar qual a área de abrangência de cada uma delas.
Lembrando que, cada estabelecimento deve seguir as orientações dos órgãos de vigilância sanitária correspondentes a sua região, especialmente neste momento de pandemia no qual alguns governos estabeleceram fechamento temporário de boa parte dos estabelecimentos comerciais.
Apesar dos percalços econômicos, há diversas formas de se reinventar diante de uma crise. Alguns restaurantes oferecem promoções na compra de mais de um prato ou pizza. Há também combos especiais, como por exemplo, na compra de uma pizza e um acompanhamento, leva um refrigerante de brinde. Ou ainda, há cupons de fidelidade que garantem o 10º pedido de graça.
Outras formas de estimular as vendas estão ligadas a descontos, estimulando a compra online, por exemplo. Vouchers promocionais também agradam à boa parte dos consumidores que, especialmente em um momento de crise, buscam formas diferentes de economizar.
Neste momento de pandemia, pelo qual muitos países ainda enfrentam medidas de isolamento social, mostrar-se solidário com a comunidade é peça fundamental. Não apenas como uma atividade de marketing, mas como um compromisso social estipulado com seus clientes. Afinal, você precisa dos seus clientes para sobreviver.
Uma das ações e campanhas no Brasil está ligada aos projeto Mesa Brasil do SESC, pela qual pessoas físicas e jurídicas podem realizar doações de cestas básicas ou refeições para famílias carentes ou para profissionais de saúde que atuam na linha de frente ao combate do COVID-19.
Na Irlanda — um país com cerca de 20 mil brasileiros residentes — uma das campanhas adotadas é o “Feed the Heroes” (Alimente os heróis). Esta campanha reúne diferentes segmentos alimentícios e estabelecimentos, os quais contam com a ajuda de seus clientes para reverter todas as doações em refeições para os profissionais da linha de frente.
Se você tem dúvidas em como engajar seu público, como desenvolver campanhas on-line, em como ajustar seu site ou torná-lo um e-commerce, envie-nos uma mensagem. Estamos dispostos a lhe ajudar.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/2020/03/para-evitar-virus-rede-dominos-deixa-cliente-retirar-pizza-da-mochila-do-entregador.shtml
https://www.uber.com/br/pt-br/coronavirus
https://www.publico.pt/2020/03/18/p3/noticia/deixe-pedido-porta-favor-podemos-continuar-encomendar-comida-online-1908251
https://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/2020/03/coronavirus-como-usar-a-opcao-receber-sem-contato-fisico-do-ifood.ghtml
https://revistapegn.globo.com/Noticias/noticia/2020/03/coronavirus-acoes-dos-aplicativos-para-proteger-entregadores-e-motoristas.html
https://www.fsai.ie/faq/coronavirus.html
https://www.jn.pt/economia/mcdonalds-restringe-servico-ao-drive-thru-e-a-entrega-ao-domicilio-11957939.html
https://exame.abril.com.br/marketing/mcdonald-fecha-saloes-de-restaurantes-no-brasil-a-partir-de-23-de-marco/
https://www.subway.com/pt-BR/AboutUs/SocialResponsibility/covid19
https://vejasp.abril.com.br/comida-bebida/outback-fecha-todos-os-restaurantes-do-brasil-a-partir-de-amanha/
https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/comercio/detalhe/restaurantes-reabrem-a-18-de-maio-com-50-da-lotacao-e-hora-para-fecharhttps://www.gov.ie/en/campaigns/c36c85-covid-19-coronavirus/https://coronavirus.saude.gov.br/http://portal.anvisa.gov.br/noticias
Pasquale is Founder at Increasily.com, a H2H marketing agency based in Dublin, Ireland, and owner at print-on-demand ecommerce Mintycase.com. Pasquale has worked in Digital Marketing and Account Management since 2004. He currently lives in Dublin with his wife, stepdaughter and cat.
Olá td bem? Amei seu post,seu conteúdo esta muito bom. Vou acompanhar o blog ,Sucesso 🙂
Pasquale Mellone